domingo, 24 de março de 2013

Obrigada, minhas fortes plantinhas!



Que dia bom hoje! Termino o dia em paz, feliz, na cama, com um incenso pairando seu aroma pelo ar, o meu livro de cabeceira do momento: A Sombra do Vento – Carlos Ruiz Zafón ao meu lado, me esperando para degustá-lo.

Arrumar os papéis de aula, arrumar as gavetas de documentos e ainda com ânimo para ajeitar as gavetas de meias, um “bota fora” geral hoje. Na verdade, os “bota foras” sempre me acompanham de tempos em tempos, é um processo inevitável e tem que ser feito. Mas em especial, este espírito organizador solitário, porque em geral, sempre preciso de um “incentivo” da minha mãe ou irmã para fazer as “limpas” quando elas me visitam, começou na semana passada quando enfim reorganizei os livros e apostilas para doação. Assim se estendeu para uma organização na parte dos meus livros literários que mais estavam empilhados, jogados, que cuidados com o carinho que merecem.

Mas até então, tudo bem, nada de tão especial assim, até que quando o dia já estava findado para mim, já estava me preparando para descansar e relaxar, uma vontade enorme tomou conta de mim e não podia esperar nem mais uma noite. Precisa urgentemente cuidar das minhas plantinhas! Elas que sofrem com minhas ausências de viagens, descuidos da correria do dia a dia, caem no esquecimento, deixando-as apenas ao encargo da natureza cuidar, o que nem sempre é possível com este calor insuportável que nos avassalam nos últimos tempos, nada além de consequências de nossos atos de injúrias contra a Mãe Natureza.

Enfim, até havia me desistido delas quando voltei de viagem no início do ano. Estavam todas ali, sem vida. Pensei em começar um cultivo de ervas finas e alguns chás nos vasinhos. No entanto, hoje quando fui com minha colherzinha (na função de pá) e a água com vitamina para afofar suas terras, e dá-lhes um pouco de força, lá estavam elas! Um brotinho daqui, outro dali, uma pequena plantinha nascendo, tudo para me encher de mais amor, respeito e cuidado. Como são fortes estas meninas! As poucas chuvas dos últimos dias, e as minhas nada regradas regadas despertaram a força que delas emanam.

Minhas caras e doces plantinhas, eu tenho total admiração pela força de vocês. Podem encontrar-se totalmente sem a fonte que as mantém erguidas, nem o cuidado que as mantém exuberantes, mas querem viver, aproveitam cada oportunidade, cada gota de água para renascerem. E elas não renascem rancorosas, feias e amarguradas. Elas nascem ainda mais viçosas, ainda mais singelas!

Como conversei com vocês enquanto cuidava de sua terra toda dura, esquecida,  vocês me deixaram comovidas e ainda com mais vontade de cuidar e amar vocês. Delicadas, mas, sobretudo, guerreiras e exemplos para nós. Uma benção e um presente Divino!

Deixo aqui então, com uma terna emoção no coração, minha homenagem à Mãe Natureza! Uma ode a vocês, minhas lindas plantinhas!

Obs: Apesar de postar somente hoje, tive este feliz momento no dia 02/03/13, e não poderia deixar de compartilhá-lho.
Obs1: As minhas adoráveis plantinhas continuam a florescer e a cada dia tornam ainda mais belo o meu redor. 

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