domingo, 23 de junho de 2013

Reflexão sobre as manifestações

João Doria entrevista Padre Fabio de Melo e fazem um a reflexão sobre as manifestações que ocorrem em todo país.




quarta-feira, 19 de junho de 2013

Imprensa x Manifestantes

Achei muito bom o comentário, então deixo postado:

http://portal.comunique-se.com.br/index.php/sub-destaque-home/72096-protestos-validos-mas-por-que-culpar-a-globo

Dias depois dos inícios dos protestos que tomaram as ruas de grandes cidades do país, a postura da polícia foi modificada (deixando de ir ao combate), os temas reinvindicados também se alteraram (muito além de R$ 0,20) e até a cobertura da imprensa, de modo geral, passou por mudanças (com mais destaques aos eventos que levaram milhares a passeatas). Uma ação de parte dos manifestantes, entretanto, não mudou: ofensas a veículos de comunicação, em especial à Rede Globo.
Em certos momentos, xingamentos foram direcionados aos repórteres globais que estavam nas ruas justamente para cobrir os protestos. No Comunique-se, repercutiu-se a notícia que, na última quinta, 13, Vandrey Pereira teve que deixar a cobertura da manifestação no Rio de Janeiro sob escolta de seguranças da empresa. Nessa segunda, 18, foi a vez de a equipe do ‘Profissão Repórter’ ouvir termos hostis contra o canal. Caco Barcellos e um cinegrafista da atração foram “expulsos” do evento.
Movimentos como o ‘Passe Livre’ e outros que surgiram nas últimas semanas são válidos. Mostram que o brasileiro, desde jovens a idosos – passando por executivos engravatados -, está cansado da atual situação. Cansou de saber que muito dinheiro público está sendo usado para realizar a Copa do Mundo mais cara da história. O povo demonstra que o momento do basta chegou. E irá às ruas quando considerar necessário. O basta, as manifestações e os gritos de guerra precisam de direção. O alvo, porém, deve ser a estrutura política do país, não a mídia.
O que manifestantes parecem não lembrar, uma vez que as ações agora vão além do aumento da passagem do transporte público, é que assuntos citados durante os protestos são de conhecimento geral graças ao trabalho da imprensa. Há anos que a editoria de esporte deixou de divulgar apenas os resultados da semana. Relatos da gastança na construção das arenas para a Copa de 2014, por exemplo, são divulgados por jornais, emissoras de rádio, TVs e portais noticiosos.
Criticar a imprensa parece ser, por vezes, o caminho mais fácil. Muitos - nem mesmo em manifestações, mas pelas redes sociais – costumam se referir a determinados veículos de comunicação como “alienadores” da sociedade. Como se fosse culpa da emissora X ou da revista Y a situação da educação do Brasil - com analfabetismo funcional e professores apanhando de alunos (citar o quesito salário desses profissionais é baixaria). Pelo contrário, a mídia denuncia e expõe essas aberrações existentes por aqui.
Relembrar casos de manifestações que tiveram sua origem (ou relação) no que foi reportado pela imprensa é importante. No impeachment de Collor, em 1992, tivemos os “Caras Pintadas”. Mas será que esse movimento existiria com a tamanha força caso tantos jornais e revistas não dedicassem espaços em suas páginas, em suas manchetes, para o que acontecia na “República de Alagoas”? Os “Caras Pintadas” iriam às ruas se a mídia não divulgasse sem cessar o esquema envolvendo PC Farias?
Avaliar a conduta da imprensa é válido em qualquer situação, em qualquer país, ainda mais em uma democracia. Mas enxergar a mídia, ou parte dela, como a grande vilã do Brasil é delírio. Repetir “Sai daqui” para Caco Barcellos ecoa até como ironia (da mais sem graça possível). Pena que, no evento dessa segunda, não foi. Ele é simplesmente o jornalista responsável pela obra que denunciou a postura agressiva – e até homicida – da Rota, tropa da Polícia Militar de São Paulo. Polícia essa que atuou contra manifestantes na semana passada.
Coube a Caco abandonar a tentativa de acompanhar o protesto realizado na capital paulista nessa segunda. Ele sabe que, em suma, a crítica não foi contra ele, mas à empresa em que trabalha. “Central Globo de Mentiras” e “Fora Globo” foram algumas das frases gritadas por manifestantes. Postura que leva a crer que foi a emissora quem prometeu durante campanha eleitoral criar o bilhete único mensal a R$ 145,00 e, depois de cinco meses à frente da Prefeitura, decidiu jogar a tarifa de ônibus para R$ 3,20.
Ir às ruas protestar é democrático. Porém, é necessário se atentar para não criar inimigos que nunca existiram e, por tabela, esquecer de quem merece ser cobrado. Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado que o diga. Antes de repudiar a Globo ou outro veículo de comunicação vale a reflexão: a mídia foi quem deixou o Brasil como está? Editor da Veja em Brasília, Daniel Pereira usou o Facebook para externar a verdade. “Acham a Globo vendida, odeiam a Veja? Paciência, mudem de canal, leiam outra revista. Ninguém é dono da verdade, e violência, qualquer violência, tem de ser condenada - e não só a policial”.
A democracia está representada nos protestos que desde a semana passada são realizados no Brasil. A democracia está representada na liberdade de expressão. Emissoras de TV, jornais e revistas não são obrigadas a elogiar ou destinar 100% de seus conteúdos para essas manifestações. Sim, a democracia também está representada nas críticas contra os meios de comunicação. Tenho certeza, contudo, ser muito melhor acompanhar grupos que clamem por “fora corrupção” do que ouvir a ira dos que gritam “fora Globo”. Se a corrupção for embora, seremos um país melhor. Se apenas a Globo - ou outra empresa de mídia - for embora, não iremos melhorar, pois com corrupção não há como ter melhorias em nada. Com corrupção, não temos plena DEMOCRACIA.
(*) Jornalista, 23 anos. Formado pela Universidade Nove de Julho (Uninove). Há quatro anos no Grupo Comunique-se, onde já atuou como freelancer (inserção de conteúdo), estagiário de pesquisa, estagiário de redação e repórter. É, desde julho de 2012, subeditor do Portal Comunique-se e consultor do Comunique-se Educação.

Manifestações no Brasil



Enfim o Brasil está dando seu grito, está saindo do "trono do apartamento" como já diria Raul Seixas em Ouro de Tolo, e indo às ruas demonstrar suas insatisfações. E para tornar o momento ainda mais lindo no país, este levante às ruas está acontecendo em várias regiões do Brasil, além de todo apoio internacional recebido por brasileiros e afins que se manifestam em outros países.

Na verdade, o mundo está acordando. Na Europa e no Oriente vimos a todo momento protestos e manifestações. Fico feliz por agora ser no Brasil.  

Tudo começou pelo aumento das passagens de São Paulo, e algo que seria local se tornou internacional, com várias outras causas aderindo ao protesto.  O que me entristece é ver algumas algumas distorções e até mesmo despreparo por parte do movimento. Mas fico feliz de ver que  os que já passaram por isso estão "entendendo" e tentando dar um "norte", uma ajuda a este levante de se focar, de criar reivindicações consistentes para se posicionar junto ao poder público. 

Como muito bem dito em vários programas, inclusive, gostei muito do programa Encontro ontem com a Fátima Bernardes, com a presença de Pedro Bial, cientistas políticos e de segurança (risco), já que no dia anterior não havia em nada gostado da cobertura da Globo, e sim da Record,  no entanto, eles comentavam ontem que as manifestações tomaram um corpo tamanho que nem os que tiveram a ideia original talvez pudessem imaginar que chegaria a esta magnitude, por isso a necessidade de amadurecer o momento, de refletir, de gerar propostas. 

É importante ver com olhar crítico e não sermos as ovelhas de George Orwell na Revolução de Bichos que repetem tudo que mandam dizer. Então por favor,  não sejamos "Chê's sem causa". A juventude carrega consigo a vigor, a vontade e disposição de mudar, mas nem sempre tem a sabedoria suficiente para parar para ouvir e refletir sem rompantes. 

O problema do Brasil não são os vinte centavos, assim como não é a Copa. Os problemas essenciais sempre existiram deste há muitos anos. Então o que tem que mudar é lááá de trás que vem se repetindo e agravando a cada ano. Mas também não dá para sermos mais assistencialistas, não dá para tudo ser livre, alguém tem que pagar a conta do serviço prestado. Com certeza, se houvesse melhor eficiência administrativa do dinheiro público, menor desvio de verba, o custo de vida no Brasil seria muito menor e com maior qualidade. 

Então, agora é preciso que os gritos de "ordem" tornem ações concretas. Que sejam apresentadas propostas viáveis dentro das necessidades do país. Não pode ser algo vago. Transparência nas contas públicas, assim como nos projetos é o início para arrancar a corrupção enraizada há tantos anos no país. O fim da "politicagem" onde é necessário negociar a favor de um partido para que um bem à nação seja conseguido, principalmente quanto se trata de assuntos tão importantes, como a Reforma Tributária e Judicial, que deveriam estar além destas delongas, deveria-se votar por ser uma questão de ética em relação à função de representantes do povo que exercem.

Muitas boas iniciativas já foram tomadas, mas temos que reforçá-las, encorpá-las. Hoje o Brasil oferece cursos de capacitação técnica de graça para a população, existe bolsa para alunos que estudam à noite nas universidades, assim como há muitos universitários estudando fora do país de graça,  além das bolsas de pós graduação que chegam a ser maior que a de um professor (detalhe, o professor não tem direito a elas, caso queira se especializar).  Então não podemos criticar como assistencialistas as bolsas famílias, as cotas, o Enem, e tantas outras políticas afirmativas. Podemos repensar como elas acontecem, porque elas tem que vigorar até equalizar as diferenças sociais do país, e é necessário que se tenha ações políticas paralelas para que isso se torne possível.
O vandalismo, o radicalismo e anarquismo, ao meu ver, não contribuem para a democracia. Depredar um estabelecimento público não resolve, pelo contrário, o ônus do gasto público envolvido depois é voltado para nós mesmo. Seria mesmo que quebrar sua casa porque você está insatisfeito com sua família. Não é porque é público que não é de ninguém, pelo contrário, é nosso. Assim, como pessoas com idoneidade distorcida que aproveita qualquer ocasião para furtar, destruir, praticar violência. Também a força policial indevida gera ainda mais violência. Mas não podemos esquecer que atrás daquelas fardas existem pessoas como nós, que jogando água, pedra e paus não machucam aqueles cidadãos moral e fisicamente.

As manifestações pacíficas estão de parabéns. Agora é hora de avançar! De buscar propostas concretas para ações reais! 

"Oh meu Brasil, seu povo heróico, o brado retumbou, e assim, o sol da liberdade, em raios fúlgido brilhará no céu desta pátria amada nesse instante... "

domingo, 16 de junho de 2013

Amor aos animais

Este vídeo foi um grande aprendizado vindo de uma criança que não quer comer animais e explica o porquê. Apesar de não ser vegetariana ou Vegana, respeito e amo os animais. Então fica minha singela homenagem a eles.





  

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Respeito



Uma das primícias deste blog é justamente promover o amor e o respeito com a vida e todas as suas formas de manifestação. Não estou aqui para julgar ninguém, quero apenas fazer um convite à reflexão.

No entanto, é lastimável qualquer forma de agressão, seja física ou verbal, em especial quando se está defendendo uma causa justa ou nobre. É como se perde-se neste momento a razão pela qual está lutando. 

Em tantos outros posts eu comentei sobre o perigo que se tem dos dominados agirem como seus repressores, quando lhes é dado a oportunidade. De alimentar o ódio dentro de si quando se sentir rejeitado ou excluído.  Do viver no exílio social, o fazer acreditar que somente seu modo de vida é o único para ser feliz e que todos os outros estão errados. Do desprezo e da raiva recebidos o fazerem acreditar que são os únicos corretos, e que qualquer ato é justificado por se encontrarem em uma minoria, e assim todos encontram-se obrigados a aceitá-los

Só que o problema não é a aceitação, por mais que este o doa, mas sim o respeito.

Hoje, um grupo de ativistas do grupo FEMEN jogou água no acerbispo de Mechelen, em Bruxelas, Andre Joseph Leonard. Em outros episódios ele também foi atacado com tortas na cara. O mesmo que reconheceu os erros do passado da Igreja e que declarou apoio às vítimas e punições aos casos de pedofilias que envolvem à Igreja

Infelizmente, assim como tantos outros, o acerbispo possui ideias conservadoras, e ao fazer declarações em seu livro associando a Aids e relações homossexuais levantou polêmica, o mesmo feito pelo pastor Silas Malafaia recentemente. Até transcrevo um dos comentários que li em um blog a respeito, que acho válido para pensar:
"...
O que assusta tanto estas "autoridades religiosas"? O que os leva a semear ódio e discordia contra pessoas que nada fizeram contra eles?
Será que estas "autoridades" irresponsáveis não sabem que alimentam mentes doentes que matam jovens nas ruas somente por sua sexualidade?
O que leva padres e pastores a lutarem diariamente contra gays e lésbicas?
Que tipo de religião condena pessoas pela prática do amor?
Ficam as perguntas... Vamos construir as respostas!    ..."

Apesar de não entender estas formas de limitar e subjugar o ser humano temos que entender que o problema não é se manifestar publicamente que não aceita as relações homoafetivas para suas vidas, e que preferem acreditar que podem "curá-las" deste mal. É a forma que pensam, que acreditam. Elas possuem este direito de pensar. Recentemente fiquei muito triste ao ver uma pessoa muito próxima a mim, estudada, não adepta ativamente a alguma religião, manifestar total aversão ao universo gay. Fiquei triste, inconformada, mas é o seu jeito de pensar, então tenho que respeitar. Inclusive, muito me surpreendi com o vídeo do pastor Silas Malafaia sobre a liberdade de expressão, com o qual concordei, apesar de não achá-lo adequado para liderar a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), um cargo que necessita de uma pessoa mais aberta ao ser humano como ele é, sem qualquer interferência ideológica.

As pessoas podem expressar suas opiniões, a liberdade lhes é garantida. Mas este direito resguardado não os isentam das sementes que germinarão. É necessário ter cuidado para não semearem ódio, intolerância e repugnância. 

Assim, como tantas outras vezes disse neste espaço, a intolerância é inaceitável, seja qual for o objeto de ódio: raça, time, sexo, preferência sexual, religião, entre tantos outros.

No entanto, há um limiar importante em qual papel eu me encontro e exerço. Se sou o subjugado, se sou a minoria, tenho que tomar cuidado para não inverter o papel deste ciclo de ódio, para não desencadear esta violência que se vê retratada nestas tristes manifestações. Se sou a maioria, tenho que ter maior compaixão com o outro, sem qualquer julgamento, evitando criar abismos nas relações e não fomentar o desprezo. 

Não há uma forma única de se viver, de amar, de acreditar. Viva as relações plurais, e o crescimento que é acrescentado com elas!

Todos nós temos o direito de sermos quem queremos ser. No entanto, não temos que impor nosso modo de vida. Apenas devemos buscar o respeito pela vida e suas formas plurais!

sábado, 13 de abril de 2013

The light that died in my arms


A luz que morreu nos meus braços....

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Justiça



Gostaria de fazer uma postagem em prol da justiça no Brasil, algo que pode até parecer demagogo, mas importante enfatizar.

O nosso atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é um exemplo de pessoa com ética e coragem para defender a justiça, indiferente dos "jogos políticos" ou interesses individuais. 

Hoje mais uma vez vi uma atitude de enfrentamento corajoso deste homem ao questionar a criação de novos TRF's que aumentarão em bilhões os gastos dos cofres públicos, aumentando ainda mais o inchaço de servidores nos tribunais já existentes, a partir de emendas constitucionais aprovadas pelo senado e câmara. 

Fico profundamente triste, quando vejo pessoas tentando desmerecer quem está tentando fazer algo, como se isso deixasse a consciência destas mentes "menos culpadas" por estes "heróis" serem "humanos" também. Quem não o é? Quem não erra também? Estas pessoas são oportunistas e ao invés de propagarem o "bem" ficam buscando defeitos em que está tentando fazer para divulgarem, como o episódio do jornalista ofendido. Isto me lembra aqueles que se dizem "profissionais" e ficam perseguindo uma matéria a qualquer preço e acusam famosos por serem grosseiros depois de incansáveis perseguições e inconveniências.

Que não sejamos ingênuos a desejarmos heróis e exemplos imaculados, somos todos humanos, sujeitos à limitações e falhas, mas são nossos atos e escolhas diárias que nos definem.

Que nosso ministro consiga continuar exercendo seu cargo com esta força e discernimento. Que mais pessoas se espelhem em suas atitudes e reaprendam o verdadeiro sentido de "justiça", tão esquecido em nosso país e no mundo. 

Um ode à justiça! Paz, justiça e bem!