Juno é destes raros filmes simplesmente encantadores! Conduzido com uma leveza despretensiosa. Cenário e figurino retrô para alguns, mas tão intimista que poderia ser nossa casa, nossa família ali com nossos corriqueiros problemas e dilemas. Não há história de herói, de mocinha ou de bandido, há história de pessoas. Personagens tão comuns, representados de forma tão humana, sem maiores intenções, que permite uma real conectividade e identificação com quem lhe assiste. E é justamente por ser assim, que o torna tão especial.
E é incrível como certas coisas que aparentemente não tem a menor razão de terem alguma ligação se conectam de forma tão surpreendente.
Assim eu sinto com o filme Juno e as músicas de Mallu Magalhães. Uma sintonia peculiar que remete um saudosismo de “não sei o quê”, mas um saudosismo que inebria a alma e a enche de tamanho calor e amor. Ao pensar em Juno e em Mallu eu penso em meias todas listradas e coloridas, em paredes com pinturas alegres, em casa na árvore, em bonequinhos de papel, em almofadas de crochês, em saias de xadrez... Tudo como um filme antigo, com uma película com interferências, com cenas em preto e branco, ou com um colorido “desbotado” pelo tempo.
Engraçado a vida e suas conexões sem pretensões.
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Só uma nota: acabei de ver o emocionante momento em que a Mallu Magalhães se derrama ao cantar com um músico que tanto admiro também: Marcelo Camelo. Recomendadíssimo! Um encontro simplesmente belo, simplesmente único!Vejam.
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